A febre dos injetáveis Ozempic, Mounjaro e Wegovy para emagrecimento
- safferaoficial
- 30 de jul.
- 6 min de leitura
Nos últimos anos, medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2 se tornaram os protagonistas de uma corrida global por emagrecimento rápido, especialmente entre mulheres com maior poder aquisitivo que buscam resultados naturais, porém eficazes. A promessa é atraente: perder até 20% do peso corporal com uma injeção semanal, sem cirurgia.

Segundo dados da Reuters, desde que em maio de 2025 o FDA proibiu versões genéricas do Wegovy, as prescrições da medicação cresceram 33%, totalizando 181.200 em julho. Esse aumento reforça como a demanda por essas drogas está além da endocrinologia convencional, especialmente depois que virou pauta no cotidiano e nas redes sociais.
E essa procura não é sem razão. Dados de grandes ensaios clínicos mostram que a semaglutida e a tirzepatida permitem perdas significativas de peso, com impacto real na saúde e autoestima. A combinação delas com vida saudável, estética e acompanhamento profissional torna esses medicamentos ferramentas poderosas, mas que exigem uso consciente e acompanhamento rigoroso.
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O que são Ozempic, Wegovy e Mounjaro?

Ozempic e Wegovy (semaglutida)
Princípio ativo
Ambos medicamentos - Ozempic e Wegovy - utilizam a semaglutida como princípio ativo.
Sua ação
Suprime o apetite, promovendo saciedade prolongada.
Retarda o esvaziamento gástrico.
Melhora a resposta à insulina e reduz a liberação de glucagon.
Indicação
Ozempic foi aprovado originalmente para diabetes tipo 2.
Wegovy foi aprovado em 2021 para tratamento da obesidade em adultos com IMC ≥ 30 ou ≥ 27 com comorbidades e permitiu uma perda média de 12,4 % de peso comparada aos pacientes que receberam placebo (medicamento sem efeito).
Eficácia em estudos
Em um estudo de longa duração (68 semanas), pessoas que usaram o medicamento perderam, em média, 14,9% do peso corporal. Quem não usou (grupo placebo) perdeu apenas 2,4%.
Em outro estudo, feito com pessoas acompanhadas por 3 anos, os resultados foram mais moderados:
– Após 6 meses, a média de perda foi de 4,7 kg.
– Quem manteve o tratamento e o acompanhamento conseguiu segurar os resultados por até 36 meses.

Mounjaro - Zepbound (tirzepatida)
Princípio ativo
O Mounjaro (e a versão para obesidade Zepbound) utiliza a trizepatida como princípio ativo.
Sua ação
Atua de maneira dupla: é um agonista tanto do GLP‑1 quanto do GIP – por isso chamados de dual agonistas. Essa combinação potencializa os efeitos sobre saciedade e metabolismo.
Indicação
Mounjaro foi aprovado em maio de 2022 para diabetes tipo 2.
Zepbound (versão para obesidade) também é aprovada para perda de peso crônica.
Eficácia em estudos
1. Estudo SURMOUNT-2
Pacientes com obesidade e diabetes tipo 2 que usaram a dose mais alta do medicamento (15 mg) perderam em média 15,7% do peso corporal.
Isso significa, por exemplo, que uma pessoa com 100 kg pode perder até 15 a 16 kg.
Estudo SURMOUNT-5
Esse estudo comparou Mounjaro (tirzepatida) com Wegovy (semaglutida), e o resultado foi claro:
– Com tirzepatida, a perda média foi de 20,2% (cerca de 22,8 kg)
– Com semaglutida, foi de 13,7% (cerca de 15 kg)
Ou seja, a tirzepatida levou a uma perda de peso 47% maior.
Estudo de 3 anos SURMOUNT-1
Nesse estudo de longo prazo, os participantes mantiveram em média 19,4% de perda de peso e o mais importante: a maioria recuperou menos de 5% do que havia perdido, mesmo depois de anos.

Comparativo de eficácia
Wegovy / Ozempic (semaglutida): em torno de 15 % de perda de peso média.
Mounjaro / Zepbound (tirzepatida): até 20 % ou mais, dependendo da dose e adesão.
Em estudos comparativos diretos, tirzepatida mostrou superioridade estatisticamente significativa frente à semaglutida.
Por que essas diferenças importam?
Mecanismo combinado (GIP + GLP-1) da tirzepatida proporciona saciedade maior e maior eficiência metabólica. Já semaglutida atua apenas sobre o GLP‑1.
Perda de peso maior e mais duradoura com tirzepatida — especialmente relevante para mulheres maduras que buscam redução de gordura sem sacrifício de pele ou massa muscular.
Efeitos sensíveis e necessidade de acompanhamento. Náuseas, constipação e risco de flacidez ou perda muscular demandam protocolos estético‑nutricionais seguros.
Efeitos colaterais e riscos
Apesar da eficácia, o uso desses medicamentos não é isento de efeitos adversos, especialmente em cenários reais:
Nas pesquisas, os efeitos mais comuns são náuseas, diarreia, constipação e vômitos, geralmente leves a moderados e mais frequentes no ajuste de dose.
No SURMOUNT‑1, eventos gastrointestinais foram os mais reportados, com taxa de descontinuação maior nos grupos com doses elevadas.
Em dados da vida real, o impacto é menor: em um estudo com 7.881 adultos, a perda média anual foi de 6,9 %, menos da metade do esperado em ensaios clínicos. Muitos abandonam o tratamento cedo ou seguem doses inferiores à recomendada — aqueles que permaneceram no regime completo e na dose plena chegaram a 11,9 % (semaglutida) e até 18 % com tirzepatida.
Efeitos adversos mais graves, embora raros, merecem atenção:
Pancreatite aguda: foi reportada em cerca de 1 em cada 100 usuários — com ao menos dez mortes suspeitas no Reino Unido. As autoridades, como a MHRA, iniciaram investigação e exigem alerta na bula dos GLP‑1 agonistas.
Risco de tumores da célula C da tireoide: há advertência nos rótulos farmacêuticos, com contraindicação em indivíduos com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide ou neoplasia endócrina múltipla tipo 2. Não há confirmação de risco em humanos, mas a precaução é recomendada.
Outros efeitos relatados incluem hipotensão, síncope, artrite, cálculos renais e nefrite intersticial induzida por medicamento, conforme levantamento com mais de 2 milhões de usuários de agonistas de GLP‑1.
Há ainda risco estético pouco comentado: a perda rápida de peso pode desencadear flacidez, falta de sustentação da pele e até perda de massa muscular, especialmente em mulheres maduras com ingestão proteica inadequada. Pesquisas sugerem a inclusão de alimentos ricos em proteínas para minimizar essas perdas.
Por isso, o uso consciente e supervisionado é crucial. Não basta aplicar a injeção, é necessário nutrição reforçada, apoio psicológico, e acompanhamento estético-profissional para evitar efeitos indesejados e garantir resultados saudáveis.

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O que os injetáveis não resolvem: pele, tônus e estética pós-emagrecimento
Apesar de curiosas e eficazes para acelerar a perda de peso, as medicações como semaglutida e tirzepatida não garantem cuidados com a pele nem com a sustentação corporal. Um fenômeno hoje tão comentado quanto preocupante é o chamado “Ozempic face” — um aspecto de pele fina, flácida, com aparência envelhecida que surge após emagrecimentos rápidos causados por GLP-1. Eles são diferentes dos traumas estéticos associados à perda de peso por dieta ou cirurgia bariátrica: os praticantes relatam pele que se comporta como “um elástico velho demais”.

A perda acelerada de gordura facial deixa o rosto vazio, com sulcos mais profundos e flacidez evidente em torno de maxilar, pescoço e olhos. Esses efeitos, combinados à desidratação e deficiência de proteínas, podem levar ao surgimento de rugas acentuadas, perda volumétrica, sinais de envelhecimento precoce — o que algumas celebridades associam a “parecer até 20 anos mais velha da noite para o dia”.
Além disso, estudos como o SURMOUNT‑1 investigaram composição corporal durante o uso da tirzepatida: os resultados mostraram que, após 72 semanas, aproximadamente 75 % da perda de peso era gordura e 25 % era massa magra. Isso significa que, mesmo com alta eficiência, há comprometimento de músculos e tônus.
Na prática clínica, muitos pacientes relatam flacidez nos braços, abdome e glúteos mesmo com bons resultados numéricos.
"Perdi 18kg em 11 meses, mas braços e abdômen ficaram moles... E agora, como resolver?"

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Como potencializar a eficiência do emagrecimento
Para evitar ou amenizar a queda da qualidade da pele e perda de firmeza, protocolos integrados associados às medicações GLP‑1 são fundamentais:
Ultrassom microfocado e bioestimuladores de colágeno ajudam a manter sustentação cutânea mesmo diante da rápida mudança corporal, atuando na regeneração da elasticidade. Revistas como a Plastic and Reconstructive Surgery enfatizam que essas tecnologias podem ser cruciais para contorno e textura pós-perda de peso.
Drenagem linfática especializada e eletroestimulação muscular (EMS) podem ajudar na circulação e tônus muscular, reduzindo a sensação de flacidez, especialmente importante durante o uso de tirzepatida, que pode reduzir massa magra.
Enfoque na hidratação e nutrição de pele e cabelo: suplementação rica em proteínas, colágeno e cuidados dermatológicos pode minimizar os efeitos do que alguns chamam de “Ozempic hair” (queda de cabelo/telogen effluvium) e hipossalivação.
Apesar do crescente uso dessas terapias, ainda faltam estudos de longo prazo que validem protocolos padrão de estética pós-GLP-1.



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